Ser amigo é sentir o coração do outro bater mesmo que o outro esteja distante. Ser amigo é ter um par, um parceiro, um confidente, um ombro onde se possa chorar. Ser amigo é esquecer distâncias, é saber que mesmo a milhares de quilômetros há alguém pensando em você. Ser amigo é incutir no outro a esperança, é relevar o erro, é apontar o caminho certo, é aliviar a dor. Ser amigo é um ofício difícil, pois ninguém é perfeito. Mas a amizade pressupõe amor. Para ser amigo, é preciso amar. E o amor é algo tão difuso, indefinido, abstrato, que torna difícil definir o que é a verdadeira amizade. O fato essencial é que a amizade demanda amor. O fato essencial é que a amizade demanda carinho e dedicação. O fato essencial é que a amizade demanda lembrança, mesmo que os contatos pessoais ou telefônicos não sejam frequentes. A amizade é um mistério. Profundo e doce mistério. Ser amigo é talhar a madeira, buscando uma escultura, sem querer machucar a planta, mas apenas transformá-la em algo mais belo. Ser amigo é ser pai, irmão, namorado. É oferecer carinho e não raiva. É saber absorver a dor do outro. Ser amigo é ser fraterno. Ser amigo é ter a consciência do desprendimento, da dedicação total. Ser amigo é saber que o outro é mais importante do que você, e que, por isso, você deve usar todas as suas forças para que ele permaneça vivo, saudável e feliz. Ser amigo é tentar fazer com que o outro absorva as coisas boas que você tem para transmitir. É tentar evitar que ele se desvie para o caminho do mal, ou que opte por alternativas ruins, que lhe impliquem complicações e horrores diversos. Ser amigo é poder abraçar e beijar, sem a menor vergonha. É poder dar a mão. É poder dar um abraço, no meio da rua. Ser amigo é uma bênção. Ser amigo é ser solidário. É ser pai, filho, e ter um espírito santo. Ser amigo, é, simplesmente, ser amigo, e esse “simplesmente” é tão bom, que eu acho que não preciso escrever mais nada. Desta forma, saiba que sou seu verdadeiro amigo, me aceite assim.